O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta sexta-feira (9) que espera 2 bilhões de vacinas contra a covid-19 distribuídas globalmente pelo projeto Covax até o fim de 2021, iniciativa que conta atualmente com 171 países. Em entrevista coletiva, ele afirmou que a "melhor maneira de garantir a efetividade da vacina é fazê-la disponível a todos países".
Adhanom elogiou ainda a iniciativa da Moderna, que anunciou que não vai cobrar direitos de patente pelo seu imunizante durante a pandemia.
Ele comentou ainda a segunda onda de coronavírus na Europa, fazendo com que alguns países retomassem medidas de distanciamento social.
— Na Espanha, há grande aumento nos casos, mas não no número de mortes. É um avanço — afirmou, indicando melhora na maneira de lidar com a doença.
Michael Ryan, diretor executivo da organização, afirmou que há outras alternativas efetivas na contenção de casos além dos lockdowns, que "estamos tentando evitar", indicou.
— Japão e Coreia do Sul provaram que investigação de casos é eficaz — apontou Ryan, que ressaltou a importância da manutenção das atividades de rotina, em especial as escolas.
Ryan afirmou ainda que há bons sinais sobre a vacina Rússia, "mas mantemos nossa posição de recomendar os protocolos de segurança" e a necessidade da realização dos testes. A líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, afirmou:
— Não temos resposta ainda sobre a duração dos anticorpos. Há diferentes sinais — com estudos não convergindo nos resultados.