Um produto criado pela empresa Golden Technology em parceria com os institutos de Química (IQ) e de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) promete inativar o coronavírus por um período prolongado em máscaras cirúrgicas. Com isso, é possível usar o equipamento de proteção individual (EPI) por 12 horas, e não apenas duas, como nos EPIs tradicionais.
Estudada há cinco anos, a substância foi testada e aprovada pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do ICB, apresentando 99,9% de eficácia na eliminação do vírus. Conforme o professor Koiti Araki, do Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia do IQ, o produto interage com o oxigênio do ar, tornando-o mais reativo.
— O oxigênio, quando entra em contato com o tecido, se torna tão ativo quanto uma água oxigenada. Quando o vírus entra em contato com o material, ele é inativado — explicou Araki ao site da USP.
Além da possibilidade de proteger os EPIs por até 12 horas, o produto não apresentou toxicidade, pois com apenas uma quantidade pequena da substância já é possível inativar o coronavírus. De acordo com a USP, o material chegou a ser testado nas máscaras N95, porém não apresentou efeitos antivirais pela baixa adesão do material.
As máscaras cirúrgicas, batizadas de Phitta Mask, estão em processo de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).