Durante três horas e 30 minutos do último dia 29, a reportagem de GaúchaZH circulou pelo CTI do Hospital Conceição para mostrar como funciona um dos ambientes mais simbólicos e dramáticos da atual gravíssima crise sanitária de escala global: o setor para onde são levados os doentes em estado crítico que padecem de uma enfermidade de repercussões ainda sendo desvendadas pela medicina.
Uma unidade de terapia intensiva para tratamento exclusivo de covid-19, a enfermidade provocada pelo coronavírus, descoberto na China em dezembro passado, fundamenta-se, por princípio, em um paradoxo: é um dos locais mais perigosos e, ao mesmo tempo, mais seguros para se estar hoje. Trata-se de uma doença viral facilmente transmissível, mas o rigor dos protocolos de higiene pode blindar os profissionais cercados por doentes.
Naquela manhã, havia 10 casos suspeitos e nove confirmados de covid-19, além de três pacientes já com resultado negativo que aguardavam transferência para outras áreas do CTI. Sete leitos estavam vagos.