Uma vacina por spray, com aplicação nasal, é a nova aposta da Universidade de São Paulo (USP) contra a covid-19. O modelo de imunização, já testado em camundongos contra hepatite B, foi desenvolvido a partir de uma substância natural e deve começar a ser testado contra o coronavírus, nesses mesmos animais, em até três meses.
Segundo a USP, a expectativa é de que, com a aplicação da vacina — feita por meio de uma nanopartícula —, o corpo produza a imunoglobulina A, anticorpo presente na saliva, na lágrima, no colostro e em superfícies do trato respiratório, intestino e útero.
A nanopartícula criada pelos pesquisadores possui propriedade muco-adesiva, ou seja, permite que o material permaneça nas narinas de três a quatro horas até ser absorvido pelo organismo e ativar a resposta imune. Essa especificidade impede, também, que o antígeno seja expelido pelo organismo por meio de espirros.
Para garantir a imunização, devem ser necessárias quatro doses — duas em cada narina, a cada 15 dias. Os pesquisadores estimam que o produto seja repassado ao público a um custo de R$ 100. Entre as vantagens, conforme a USP, estaria o fato de que a imunização nasal é bem aceita por crianças e idosos, não é invasiva e tem menos reações ou efeitos colaterais. Ainda não foram divulgadas informações sobre a data em que esta vacina poderá ser oferecida à população.
Ainda não foram divulgadas informações sobre a data em que esta vacina poderá ser oferecida à população.