Em um mês, uma força-tarefa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) testou 960 pessoas para coronavírus. A mobilização permitiu ainda que os resultados dos testes chamados RT-PCR fossem conhecidos em até dois dias.
Com a agilidade dos laudos dos exames, a direção do hospital estima que se reduziu em até 361 dias a necessidade de afastamento de profissionais da saúde. Antes, todos os exames eram feitos apenas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), e o resultado demorava de 10 a 14 dias, e então os funcionários ficavam isolados, durante este período, por prevenção.
Entre 30 de abril a 31 de maio, foram testados 790 profissionais da saúde, do qual 25 testaram positivo para covid-19, e 170 pacientes com sintomas, sendo que 16 estavam com o coronavírus.
A superintendente do HUSM, Elaine Resener, comemora os dados não só porque os resultados mais rápidos agilizam o isolamento, o tratamento e o retorno ao trabalho, mas também pelo impacto psicológico que isso causa nos profissionais.
— Isso significa a manutenção da força de trabalho nesse momento em que o hospital é referência para tratamento de covid-19. Segundo, a oportunidade de testagem, tratamento e condução adequada de cada situação. E terceiro, o efeito psicológico que tem, sem que o trabalhador precise ficar afastado por tantos dias aguardando o resultado de um exame que pode dar negativo — pondera a superintendente.
A capacidade de testagem da UFSM é de cem exames por dia. A possibilidade de realização dos exames é graças a uma parceria entre várias instituições: prefeitura de Santa Maria, Ministério Público Federal (MPF), 4ª Coordenadoria Regional de Saúde e Ministério Público do Trabalho, que destinou R$ 600 mil para compra de 6 mil kits para realização dos exames. Com isso, a força-tarefa tem insumos suficientes para realizar exames até setembro. Mas, já há encaminhamento para a compra de mais kits para continuar com os testes.