A professora aposentada e moradora de Porto Alegre Edair Maria Pazinato da Cunha, 59 anos, não tem certeza de como foi contaminada pelo coronavírus, mas mantém uma forte suspeita. Ela e o marido chegaram ao Estado de uma viagem de navio em 14 de março. Ao desembarcar, o marido teve febre e foi ao médico. O teste para detectar a doença não foi feito, mas ele começou a receber medicação.
— Eu, custou um pouquinho depois disso, mais uma semana. Então, não sei se eu peguei dele depois, acredito que sim, porque a gente continuou junto — relata.
Em relação aos sintomas iniciais, lembra que o primeiro foi dor de cabeça todos os dias. Depois, veio a tosse. Foi aí que Edair decidiu ligar para a pneumologista da família para fazer uma espécie de consulta por videochamada. Desconfiando da doença, a médica pediu uma tomografia dos pulmões, constatando pneumonia. Feito exame em um hospital de Porto Alegre, e a doença se confirmou. A orientação foi a quarentena.
— Foi o que eu fiz, porque nós já estávamos nos cuidando. Já chegamos de lá (da viagem) e nem saímos mais. Os filhos traziam as coisas para nós — recorda.
Edair diz que o fato de estar com a covid-19, uma doença ainda pouco conhecida, a assustou. Comemora, no entanto, que seu caso foi leve em relação ao que relatavam a ela sobre o que poderia acontecer:
— Ficamos avaliando cada dia e conversando com a pneumologista. A gente foi se acalmando, ficando tranquilos. E achamos, em relação ao que a gente ouviu de comentários, que foi bastante leve.
Depois da quarentena e da confirmação de que estava curada, Edair diz se sentir muito bem, sem qualquer sequela. Mas faz questão de deixar um alerta:
— Eu peço que as pessoas se cuidem. Suco de limão, bastante, boa alimentação. Principalmente nós, dessa faixa etária. Qualquer sinal, não precisa ser falta de ar, busque ajuda.