Com um plano de enfrentamento ao coronavírus elaborado desde janeiro, o Centro de Operações de Emergências (COE) da Secretaria Estadual da Saúde (SES) já tem traçados os próximos passos caso a doença se alastre pelo Rio Grande do Sul. Até o momento, há confirmação de quatro ocorrências.
Reunindo esforços para evitar a disseminação e o agravamento dos casos, a pasta segue os modelos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que prevê atuação com três níveis de resposta, de acordo com a quantidade de pacientes registrados. Atualmente, estamos no nível de resposta “Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, que corresponde "a uma situação em que há confirmação de transmissão local do primeiro caso da covid-19, no território nacional, ou reconhecimento da declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial da Saúde (OMS)".
Ao chegar nesse patamar, as ações são direcionadas em duas frentes: de contenção e de mitigação. Na primeira, há uma mobilização para detectar casos suspeitos e também a recomendação de isolamento domiciliar para pacientes com casos leves. Já na fase de mitigação, que tem início quando houver cem casos positivos, as ações serão tomadas com a finalidade de evitar os casos graves e as mortes. Para isso, estão previstos o fortalecimento da atenção primária, medidas de atenção hospitalar para os casos graves e restritivas para os leves. Também há previsão de ampliação dos leitos e contratação emergencial para vagas de UTI.
No plano de ação, que prevê quatro níveis de atuação de acordo com a quantidade de casos, o Estado define que, quando houver até cem casos confirmados em seu território e/ou letalidade mundial a partir de 3%, haverá reforço operacional e de recursos humanos das Centrais Estaduais de Regulação das Urgências e Hospitalar, disponibilização de cem leitos de enfermaria (isolamento) em hospitais de macrorregiões e 50 leitos de UTI. As vagas correspondem aos cinco hospitais designados de referência: Clínicas e Conceição, em Porto Alegre, Universitário, em Canoas, Municipal, de Novo Hamburgo, e São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins:
Se o Rio Grande do Sul atingir mais de cem casos e menos de 500 e/ou letalidade mundial acima de 5%, há um plano de disponibilizar 220 leitos de enfermaria e 105 de UTI. Também haverá reserva de leitos de isolamento em hospitais de retaguarda. Ao todo, 38 hospitais se envolveriam na operação disponibilizando vagas de UTI e isolamento. Ainda não há orientações sobre possibilidade de suspensão de aulas na rede de ensino.
Porto Alegre
No plano de contingência elaborado pela Prefeitura de Porto Alegre, também há um escalonamento, prevendo as ações de acordo com o número de casos confirmados. Agora, a Capital se encontra no nível um, no qual os esforços são para identificar as pessoas que entraram em contato com doentes e, quando houver recomendação, internação em hospital de retaguarda.
Ao serem identificados mais casos, não se descartam os cancelamentos de cirurgias eletivas e o adiantamento das férias escolares. Para a chegada do inverno, a Secretaria Municipal da Saúde prevê a contratação temporária de mais enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de farmácia e farmacêuticos, além da ampliação da capacidade de atendimento em unidades básicas de saúde e pronto-atendimentos.
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