Nesta quarta-feira (12), Cristina Ranzolin escreveu para GaúchaZH um texto revelando o segredo do seu bronzeado. O tema divide opiniões: de um lado, há quem sonhe com a cor da apresentadora da RBS TV, do outro, há aqueles que a criticam. Mas independentemente do lado em que você está, a pergunta que fica é: por que algumas pessoas “pegam cor”, como Cristina, e outras não?
A resposta está nos melanócitos, células que produzem a melanina, pigmento que dá cor à pele. Funciona assim: as células são sensíveis à radiação solar. A resposta delas à exposição é a produção de melanina, que é distribuída na parte superficial da pele, dando a cor, explica a dermatologista Clarissa Prati, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio Grande do Sul (SBD-RS).
Por questões genéticas, algumas pessoas têm capacidade de produção de melanina maior do que as outras, o que significa que um indivíduo de pele muito clara nunca conseguirá atingir o tom de Cristina com exposição solar.
— O bronzeado é uma resposta a uma agressão. Então, algumas pessoas têm facilidade maior em se bronzear porque têm um mecanismo mais eficaz de proteção ao sol — diz a médica.
Porém, mesmo com a proteção “natural” extra, isso não quer dizer que pessoas com pele mais escura ou que peguem uma cor com mais facilidade devam deixar o filtro solar de lado. A recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é, no mínimo, de um fator de proteção 30, até para pessoas com tom de pele mais escuro.
— Filtro solar depende da forma que a pessoa passa e da quantidade — justifica.
Clarissa acrescenta que, nem mesmo nesses casos de pessoas com pele morena, o hábito de se “jogar ao sol” é recomendado.
— Isso não significa que devam se bronzear intencionalmente, que é deitar no sol para se queimar. Essa atitude é prejudicial. Não existe recomendação para se bronzear.
Os fototipos
Assim como há pessoas morenas ou loiras, por exemplo, a pele também tem tipos, ou melhor, fototipos, como definem os dermatologistas. Essa classificação, segundo a diretora da SBD-RS Analupe Webber, vai do um ao seis, de acordo com a sensibilidade ao sol.
— A pele muito clara, que sempre queima e nunca bronzeia, é fototipo um, por exemplo. Enquanto o paciente negro tem fototipo seis. Dependendo da classificação, a pessoa tem maior ou menor capacidade de produzir melanina.
Apesar de pessoas com fototipos mais altos não sofrerem com queimaduras, a exposição solar estimula o envelhecimento da pele, inclusive nelas. Para combater esse efeito nocivo, o mais indicado é o filtro solar.
— Se uma pessoa tiver dinheiro para comprar apenas um produto para combater o envelhecimento, que seja o protetor solar — recomenda Analupe.