O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (5) que separou R$ 140 milhões para a compra de mais de 20 tipos de equipamentos de segurança contra o coronavírus e demais doenças respiratórias e contagiosas. Máscaras, óculos, roupas descartáveis, remédios e luvas, além de outros insumos, serão distribuídos em portos, aeroportos, unidades básicas de saúde e hospitais. O valor será retirado do orçamento da pasta.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, a compra é emergencial e segue processo normal de licitação, iniciada há alguns dias. O intuito é prevenir a disseminação de doenças antes mesmo da confirmação de coronavírus no país. Ainda de acordo com Gabbardo, caso o projeto de lei que trata sobre o coronavírus seja aprovado no Senado, o Ministério estará apto a importar emergencialmente esses produtos caso não haja produção suficiente no país.
Além desses insumos, o Ministério da Saúde já está preparado para adquirir leitos em unidades de terapia intensiva (UTI) para tratamento de coronavírus, mas essa negociação só será colocada em prática a partir do momento em que houver a confirmação da doença. O valor de cada leito, segundo o governo, varia de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês. A distribuição ocorrerá de acordo com os Estados que apresentarem casos confirmados do vírus e, após um ano, os leitos serão doados para os governos locais.
Durante coletiva de imprensa, Gabbardo afirmou que não há casos confirmados de coronavírus no país. São 11 casos suspeitos localizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em território gaúcho, cinco pessoas estão tendo seus sintomas investigados — entre elas, há um bebê de apenas seis meses.