A eficiência de duas drogas para controlar o coronavírus foi comprovada por cientistas da cidade de Wuhan, na China, epicentro da doença que vitimou 636 pessoas somente no país asiático até esta sexta-feira (7). Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature. As informações são do portal G1.
Em um primeiro momento, foram testados cinco remédios contra dois vírus integrantes da família coronavírus. Segundo os pesquisadores, as hipóteses de acerto giram em torno das características repetidas entre os vírus: um outro artigo apontou semelhança genética de 79,5% entre a Síndrome Respiratória Aguda Granve (Sars) e o coronavírus.
A cloriquina, medicamento que existe há mais de 70 anos no mercado e que é utilizado contra a malária e doenças autoimunes, conseguiu conter a nova doença nos testes realizados em laboratório. De acordo com os estudos, o fármaco é seguro aos seres humanos e tem baixo custo.
Outra substância testada pelos cientistas foi o remdesivir, que também apresentou bons contra o coronavírus. Este remédio vem sendo desenvolvido pelos Estados Unidos e está em fase clínica para o tratamento contra o ebola, que atinge a República Democrática do Congo desde o ano passado. Também é usado em pesquisas contra o vírus Nipah, que causou um surto em 1998 na Malásia, com 105 mortes.
Os autores do estudo dizem que resultados preliminares com o remdesivir mostram eficiência contra o vírus em células humanas testadas em laboratório. Nesta quinta-feira (6), de acordo com o The New York Times, a China começou a selecionar pacientes para uma pesquisa clínica.