A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde decidiram incluir o coronavírus entre os critérios de triagem clínica de candidatos à doação de sangue.
Com a medida, pessoas que tenham viajado ou chegado de regiões onde há transmissão local da doença devem ser consideradas inaptas a doar sangue por um prazo de 30 dias. O primeiro caso de infecção por coronavírus no Brasil foi confirmado na terça-feira (25).
A lista considera os países listados pelo Ministério da Saúde como alerta para o covid-19. Hoje, 16 estão nesta lista: Alemanha, Austrália, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Camboja, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, Singapura, Tailândia e Vietnã.
O intervalo de 30 dias passa a ser contado a partir da data de retorno das áreas afetadas. Pessoas que tiveram contato com casos suspeitos ou confirmados do coronavírus também ficam inaptas a doar por um mês. Já aqueles que tiverem casos confirmados ficam impedidos de doar sangue por 90 dias após a recuperação.
Os novos critérios devem ser adotados por todos os bancos de sangue do país. Até então, triagem semelhante já era aplicada para dengue, chikungunya e zika para pessoas que tiveram essas doenças, porém, o prazo em que há restrição à doação de sangue vai de 30 dias a 120 dias após a recuperação. Com a atualização, a triagem passa a considerar o covid-19 e outras variações do coronavírus.
Segundo a agência, a ação é preventiva. "Não existe evidência, até o presente momento, de transmissão transfusional dos coronavírus", informa.
A mudança ocorre com base na legislação do país, que prevê alteração de critérios para selecionar doadores de sangue em caso de emergências e surtos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública pelo coronavírus no fim de janeiro.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins: