O paciente de Belo Horizonte (MG) com câncer terminal que foi considerado curado por terapia inovadora depois de procurar hospital de Ribeirão Preto (SP) morreu após um acidente. Vamberto Luiz de Castro estava com linfoma não Hodgkin de células B quando procurou o Hospital das Clínicas da cidade do interior de São Paulo em busca de um tratamento ainda experimental no Brasil e inédito na América Latina, conduzido pela Universidade de São Paulo (USP). As informações são do G1.
O funcionário público aposentado morreu em decorrência de um traumatismo craniano. Segundo a Polícia Civil de BH, o corpo de Castro, que tinha 64 anos, deu entrada no Instituto Médico Legal em 11 de dezembro e saiu no mesmo dia. A família não quis comentar o caso.
O teste brasileiro da terapia anticâncer inovadora modifica o DNA das células do próprio paciente para enfrentar a doença. A abordagem, conhecida pela sigla inglesa CAR-T, foi utilizada para tratar Castro entre setembro e outubro.
O linfoma não Hodgkin de células B já o tinha levado a se submeter a quatro rodadas de tratamento desde 2017, incluindo quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, sem sucesso. Não havia mais perspectivas para o doente, considerado terminal e sofrendo com fortes dores e perda de peso.
Castro recebeu alta em outubro, após fazer o que se chama de teste de uso compassivo, aprovado quando não há outras abordagens que possam ajudar o paciente. Por enquanto, o tratamento dele não se trata de um ensaio clínico convencional, cuja primeira fase normalmente conta com vários voluntários e tem o objetivo de testar apenas a segurança de uma nova terapia.
A família de Castro realizou na terça-feira (17) uma missa de sétimo dia em sua memória.