A 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) que tem sede em Santa Maria e atende 32 municípios da Região Central está com somente 30% dos serviços mantidos, de acordo com o comando de greve. O setor é responsável pela chamada regulação - que faz a marcação, agendamento e outras questões - dos atendimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na prática, é por meio da coordenadoria, que a população da região consegue acesso aos serviços públicos de saúde em diferentes instituições. Conforme o coordenador regional Saúde Mental, Diogo Costa, são cerca de 35 servidores em greve. Ele destaca que, com isso, estão mantidos somente as demandas de urgência e emergência:
— Tudo que pode impactar em risco de vida para população o servidor está mantendo. Já procedimentos eletivos, por exemplo, agendamento de consultas com especialistas, de exames, e de cirurgias eletivas nós não estamos fazendo. Também não estão sendo realizados a liberação de alvarás sanitários e inspeções em hospitais e clínicas.
Estão mantidos, por exemplo, a liberação de medicamentos, agendamento de procedimentos de urgência e também daqueles que são solicitados por meio de mandados judiciais. Na tarde de quarta-feira (27), os servidores em greve fizeram uma manifestação em frente à 4ª Coordenadoria Regional de Saúde. Na manhã desta quinta-feira (28), se reuniram na Praça Saldanha Marinho, junto com professores e representantes do Cpers que também estão em greve.
Costa reforça que a paralisação é conjunta a outras categorias, por tempo indeterminado, e tem como principais motivações o atraso no pagamento dos salários e o pacote de reformas no plano de carreira proposto pelo governo Leite.
Por e-mail, a secretaria Estadual de Saúde (SES), informou que, na tarde de quarta, fez um levantamento sobre a região de Santa Maria que mostrou “que não houve prejuízo ao atendimento da Regulação, que é quem faz a marcação e o agendamento de consultas e cirurgias.” A nota traz ainda que "a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, reuniu todos os coordenadores regionais de saúde para orientar sobre a manutenção de, ao menos, 30% dos serviços de atendimento à população em saúde”.