O Rio Grande do Sul tem 1.278 casos de dengue confirmados em 2019 — quase 64 vezes mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. Os dados são da Secretaria Estadual da Saúde (SES), que revelam um crescimento de 6.290% de um ano para o outro. Isso porque, até agosto de 2018, apenas 20 casos da doença foram confirmados no Estado.
O aumento chama a atenção das autoridades de saúde, principalmente em relação ao volume alto de casos autóctones, isto é, aqueles contraídos dentro do território gaúcho. Do total de confirmações, 1.069 são de pacientes que entraram em contato com o Aedes aegypti infectado em cidades gaúchas.
Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 372 estão infestados pelo mosquito — principal vetor de doenças como dengue, zika e febre chikungunya. O que chega a quase 75% de todas as cidades gaúchas.
Conforme a chefe da Vigilância Ambiental em Saúde da SES, Lúcia Mardini, o combate ao Aedes precisa ser constante.
— Nós, gaúchos, temos que conviver com esse mosquito e seguir eliminando qualquer coisa que possa se tornar depósito de água, local de criadouro para larvas. O cuidado vai permanecer para sempre — observa.
Nesta quinta-feira (12), o Ministério da Saúde lançou uma campanha nacional contra o mosquito, reforçando a necessidade de cada cidadão tomar a iniciativa de proteger a sua casa e de seus familiares contra o Aedes.
— Da mesma forma como um mosquito infectado pode infectar um homem ao picá-lo, uma pessoa infectada, ao ser picada por um mosquito são, vai tornar o inseto infectado — destaca Lúcia.