O Ministério da Saúde confirmou uma morte por gripe A no Rio Grande do Sul entre janeiro a março deste ano. É a primeira vítima da doença em 2019 no Estado. Os dados foram divulgados durante a abertura oficial da campanha de vacinação contra a gripe nesta quarta-feira (10), que contou com a presença do ministro Luiz Henrique Mandetta no posto de saúde Modelo, no bairro Santana, em Porto Alegre. Conforme o último boletim epidemiológico, são seis casos confirmados de influenza no Rio Grande do Sul e 23 ainda em investigação.
A idade e o sexo da vítima não foram divulgados. Já a Secretaria Estadual da Saúde (SES) trabalha com cinco casos confirmados de gripe A em solo gaúcho, mas nenhuma morte. Segundo a SES, a divergência ocorre porque o Ministério da Saúde trabalha com uma classificação por município de residência. A morte contabilizada refere-se a um morador de Santa Rosa que foi hospitalizado em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e morreu naquele município.
Até agora, 55 pessoas morreram devido ao vírus Influenza no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Destas, 33 apenas no Amazonas. Por conta disso, a campanha de vacinação foi antecipada neste Estado. No resto do território nacional, as doses estão disponíveis nos postos de saúde a partir desta quarta-feira (10). Num primeiro momento, a prioridade são gestantes e crianças a partir dos seis meses e menores de seis anos. Depois do dia 22 de abril, os demais públicos-alvo serão contemplados. A campanha segue até o dia 31 de maio, sendo que o Dia D está marcado para 4 de maio.
Em cerimônia na Capital, Mandetta garantiu que não faltará vacina para os públicos-alvo da campanha. Ao todo, 63,7 milhões de doses foram distribuídas, sendo que a meta de imunização é 58,6 milhões de pessoas. Além das crianças, gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), integram a lista de contemplados as pessoas acima dos 60 anos, trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, professores, pessoas com doenças crônicas, encarcerados e funcionários do sistema prisional.
— A gente chama a atenção da população que se for a mesma cepa que circulou no Amazonas, a gente deve ter uma gripe muito agressiva neste inverno. Por isso trabalhamos para antecipar a campanha — disse o ministro, ao frisar que o início da vacinação foi antecipado em 10 dias.
A meta do governo federal é imunizar 90% dos públicos-alvo. Em 2018, as gestantes e as crianças foram os únicos grupos que ficaram abaixo da meta, com 80,8% e 77,8% de cobertura, respectivamente.
— Nós precisamos entender que a vacina é um direito das crianças e um dever dos seus responsáveis. Não podemos deixar de perguntar se uma criança está com o Calendário de Vacinação em dia — enfatizou.
A vacina contra a influenza é feita com o vírus morto e fragmentado. Portanto, ela é considerada 100% segura e incapaz de provocar a doença nas pessoas que são vacinadas. A imunização protege contra três tipos (ou cepas) do vírus: H1N1, H3N2 e influenza B.