Depois de identificar a disseminação de ofertas de técnicas que prometem aumentar o tamanho do pênis, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) emitiu um parecer oficial sobre o assunto. De acordo com a entidade, não há estudos científicos que comprovem tanto eficácia quanto segurança desses procedimentos.
Elaborado por cinco médicos do Departamento de Sexualidade e Reprodução da SBU, o documento afirma que "a maioria dos homens que procura procedimento de aumento peniano é portador de um pênis normal, sem anormalidades anatômicas". Dessa forma, o suposto problema se trata apenas de uma interpretação equivocada do paciente.
O texto ainda reforça que os estudos que investigam a possibilidade de aumentar tamanho ou espessura da genitália masculina encontram-se em fase incipiente.
— Não existe, até hoje, qualquer técnica ou manobra que efetivamente aumente o pênis de forma satisfatória. Em muitos lugares, esses procedimentos são ainda considerados experimentais e somente podem ser realizados em instituições de ensino, sem custo para o paciente, e com consentimento informado assinado pelo paciente — explica o urologista e chefe do Departamento, Carlos Da Ros.
Ros destaca que o uso dessas técnicas sem comprovação pode acarretar em deformidades, disfunção erétil, perda do mecanismo de ereção, infecções e até depressão, em função da insatisfação com o tamanho peniano. O Departamento também destaca que "a orientação ética e honesta é não operar estes pacientes, e sim tratar o transtorno psicológico/emocional".
Além da SBU, os últimos consensos brasileiro e latino-americano de Medicina Sexual reprovam o uso das técnicas.