Representantes de 269 hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul estarão reunidos na próxima sexta-feira (15) para debater a possibilidade de uma nova edição do Funafir, linha de crédito voltado às santas casas. Isso porque as instituições acumulam mais de R$ 245 milhões a receber do governo do Estado – resultado da soma das parcelas em atraso desde o mês de setembro de 2018, recursos que deveriam ser pagos pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) aos hospitais por serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A reunião está marcada para as 10h no Hotel Continental, em Porto Alegre. De acordo com a federação, é esperada a participação da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.
Dos R$ 245 milhões, cerca de R$ 185 milhões são do passivo deixado pelo governo de José Ivo Sartori, referente aos meses de setembro, outubro e novembro de 2018. O mês de dezembro já é de competência da nova gestão, comandada por Eduardo Leite, pois os serviços são cobrados no mês seguinte, no caso, janeiro de 2019.
Em nota, a SES informou que “a programação de pagamentos do atual governo, referente a janeiro está em análise na Junta de Conciliação Orçamentária e Financeira (Juncof) da Secretaria da Fazenda”. Sobre o passivo herdado pelo novo governo, a SES destaca, também em nota, que “está fazendo o levantamento do total de restos a pagar para posterior negociação com municípios, hospitais e demais credores”.
Além da dívida com os hospitais filantrópicos, o Piratini acumula R$ 650 milhões em débito com os municípios na área da saúde. Os dados são da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems-RS) trabalha com o montante de R$ 900 milhões que o governo gaúcho deve aos municípios e às santas casas no âmbito da saúde pública.