Na quarta-feira passada (5), a prefeitura de Canoas emitiu uma nota de alerta, afirmando que “o lençol freático e o solo de parte da comunidade estão severamente contaminados” por cromo VI. O metal, se estiver em alta concentração na água, é cancerígeno, podendo causar também hemorragias, trombose cerebral e contaminação de órgãos vitais.
Segundo o Programa Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) da Vigilância Sanitária de Canoas, a área de risco, enquanto não se conhece a extensão exata da contaminação, é no quadrante que vai da BR-116 até a Rua Fernando Ferrari, e da Rua Alegrete até a Rua Minas Gerais.
Para entender os efeitos que o cromo VI provoca no organismo é preciso estar ciente de que existem diferentes tipos de cromo, que vão do cromo III ao cromo VI. O cromo III não oferece qualquer tipo de risco à saúde, sendo até necessário para o organismo em pequenas quantidades. Pode ser encontrado em grãos, verduras e frutas.
Já o cromo VI, muito usado por empresas de cromagem – como a responsável pelo vazamento em Canoas – é tóxico tanto para seres humanos quanto para animais, mesmo que em pequena quantidade.