A baixa taxa de vacinação contra a poliomielite e o sarampo em Porto Alegre deve ser tema de uma reunião entre o secretário da saúde Erno Harzheim e o núcleo de imunização da pasta na tarde desta quarta-feira (19). O objetivo é determinar novas ações para tentar atingir a meta de 95% do público-alvo da campanha (crianças de um a cinco anos incompletos), determinada pelo Ministério da Saúde.
A capital gaúcha vacinou, até a manhã desta terça-feira (18), 77% das crianças contra a poliomielite e 76% contra o sarampo. Em um cruzamento de dados com os números de todo o Estado, os índices de Porto Alegre aparecem como preocupantes. Do total de 23 mil crianças do público-alvo que não receberam a vacina contra a pólio no Rio Grande do Sul, 64% são de Porto Alegre. Quanto a vacina contra o sarampo, o público-alvo de Porto Alegre que falta vacinar equivale a 67% do total faltante no Estado.
A principal lacuna de imunização na Capital está entre as crianças de até um ano — mais de 7 mil não receberam a vacina, de um total de pouco mais de 18 mil. A Secretaria da Saúde mantém contato com a Secretaria de Educação e com as diretoras de escolas e creches municipais, para que peçam atenção aos pais em relação a caderneta de vacinação dos filhos.
Na rede municipal de ensino da Capital é obrigatório apresentar a caderneta atualizada na hora da matrícula. O Ministério da Saúde estuda colocar a mesma medida em prática em todo o país — atualmente, há apenas uma recomendação de que o certificado seja apresentado.
Segundo balanço do Ministério da Saúde, a meta de vacinação contra o sarampo e a poliomielite foi alcançada no país, mas pelo menos 500 mil crianças não se vacinaram em 15 Estados. Até o final da semana passada, o Brasil havia registrado 1673 casos de sarampo e outro 7800 em investigação, a maioria em Roraima e no Amazonas.