Um estudo realizado pelo Centro de Cirurgias Cardíacas Onassis, na Grécia, indicou que moderação é palavra-chave para uma noite de sono ser bem aproveitada. Tanto a privação de sono quanto horas dormidas em excesso podem afetar a saúde do coração. As informações são da revista Galileu.
- Passamos um tempo de nossas vidas dormindo, mas pouco sabemos sobre o impacto dessa necessidade biológica em nosso sistema cardiovascular - afirmou a cardiologista e autora do estudo Epameinondas Fountas.
Fountas e a equipe pesquisadora investigaram a relação entre as horas dormidas e doenças cardiovasculares combinando os resultados de outros 11 estudos sobre o mesmo tema com mais de um milhão de adultos que não são portadores da doença.
As pessoas foram divididas em dois grupos: no primeiro, elas tinham sono de curta duração (menos de seis horas). No segundo, estavam aquelas com sono de longa duração (mais de oito horas). Logo após, os dois grupos foram comparados a um outro tido como referencial, composto por pessoas que dormiam de seis a oito horas por dia.
Os pesquisadores descobriram que tanto as pessoas que dormiam mais quanto as que dormiam menos tinham riscos de desenvolver doenças coronarianas. O ideal, portanto, é que se fique em um meio termo dos dois.
- Nossas descobertas sugerem que muito ou pouco sono podem ser ruins para o coração. Mais pesquisas serão necessárias para esclarecer exatamente o porquê, mas sabemos que o sono influencia em processos biológicos, como a metabolização da glicose, pressão arteriais e inflamação, os quais têm um impacto sobre a doença cardiovascular - informou a pesquisadora.
Algumas dicas podem ser úteis para que se adquira o hábito de dormir entre seis e oito horas por noite, como praticar exercícios físicos, evitar ingerir bebidas alcoólicas e cafeína antes de deitar, além de uma alimentação saudável e balanceada. Ir para a cama e acordar sempre no mesmo horário também pode ajudar.