O secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Francisco Zancan Paz, elencou na manhã desta quinta-feira (5) alguns fatores que podem estar influenciando a vacinação contra a poliomielite, cujos índices estão abaixo de 50% da meta em 17 cidades do Estado. Segundo Paz, a acomodação devido ao fato de a doença estar sob controle no país, o desinteresse causado pela não visibilidade de situações de enfermidade nos últimos anos e as campanhas antivacina têm prejudicado a busca por imunização.
— Existe, lamentavelmente, em alguns setores, o entendimento que vacina não é bom. É um falso conceito que tem prejudicado, sim, a nossa atividade — disse o secretário.
O fato de o Ministério da Saúde ter diminuído a intensidade das campanhas alertando sobre a pólio também é um elemento que influencia o cenário vigente, indicou o médico em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
A falta de homogeneidade nos registros de vacinação nos municípios é um dos principais motivos de preocupação por parte da Secretaria de Saúde. Paz alerta que se todo um grupo está protegido contra a doença, não sendo suscetível ao vírus, ela não se espalha nos municípios e no Estado.
— Este conceito é que as pessoas precisavam ter. Ao se vacinar, estão garantindo a imunidade do seu filho, da pessoa, mas também estão garantindo a imunidade da comunidade como um todo — afirma o secretário.
Paz garantiu que todos os municípios do Estado possuem a vacina e que a secretaria, em busca da solução de problemas, investiga qual a motivação para a baixa imunização registrada em algumas localidades.