Desde pequeno, o ser humano é ensinado a lavar as mãos para a evitar a proliferação de bactérias. Essa afirmação é verdadeira, mas o seu efeito pode ser reduzido caso o indivíduo prefira usar os secadores de mãos automáticos: aqueles comuns em shoppings e aeroportos. É o que afirma um estudo divulgado na segunda-feira (9).
Segundo a pesquisa, publicada na revista Applied and Environmental Microbiology, o aparelho suga coliformes fecais do ar e os sopra nas mãos das pessoas.
Os cientistas compararam o ar de dois banheiros — um com o secador e outro sem. Foi constatado que o recinto que possuía o aparelho apresentava uma proliferação de colônias bacterianas maior.
Em entrevista à revista Newsweek, Peter Setlow, autor da pesquisa, afirmou que as bactérias, principalmente das fezes, acabam se distribuindo no ar quando damos a descarga sem abaixar a tampa. E quando as mãos estão embaixo do bocal dos secadores, elas estão mais sujeitas a uma grande circulação de ar, ou seja, a uma incidência de bactérias maior do que em uma situação normal.
O estudo faz parte de um conglomerado crescente de evidências que apontam os secadores como um propagador de bactérias. Para não se arriscar, Setlow conta que aderiu as toalhas de papel.