Correções: são 3,6 milhões de gaúchos incluídos nos grupos prioritários, e não 6,6 milhões, como informado das 11h39min até as 18h30min. Idosos com 60 anos ou mais fazem parte desse grupo. O texto foi corrigido.
A campanha nacional de vacinação contra a gripe foi adiada devido ao atraso na chegada das doses e, agora, vai ocorrer entre 23 de abril e 1º de junho — o Dia Nacional de Mobilização está previsto para o dia 12 de maio. Segundo o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, um dos motivos para o atraso é a atualização das doses, para combater o vírus que circulou com força no inverno do Hemisfério Norte.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Gabbardo afirmou que é importante que a vacinação seja renovada todo ano.
— A validade da vacina contra a gripe é pequena, mas, de qualquer maneira, a composição não é a mesma do ano passado. Dois vírus mudaram. Nos Estados Unidos e na Europa, o último inverno foi muito rigoroso, e percebeu-se que a vacina não estava protegendo. Assim, aqui no Brasil a vacina já vai estar atualizada em relação ao vírus que circulou no Hemisfério Norte, e esse é um dos motivos do atraso da vacina — disse.
São 3,6 milhões de gaúchos incluídos nos grupos prioritários, mas a meta da Secretaria Estadual da Saúde é vacinar 90% deste total, o que corresponde a 3,2 milhões de pessoas. Entre os grupos que podem se vacinar na rede pública, estão crianças a partir de seis meses, idosos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores da área da saúde. Os professores, tanto da rede pública quanto da rede privada, serão novamente incluídos nos grupos prioritários.
Conforme o secretário, são necessárias cerca de duas semanas para que a pessoa esteja imunizada depois que a vacina foi aplicada. Já há sete casos de pessoas com gripe que foram internadas no RS este ano.
Gabbardo garantiu que todos os postos de saúde receberão doses para a imunização contra a gripe. Ele ainda informou que o boato de que as pessoas ficam gripadas após tomar a vacina não é verdadeiro:
— As pessoas dizem: "Tomei a vacina e fiquei gripado, e foi a vacina que desencadeou". Isso não pode acontecer. Diferente da vacina da febre amarela, que tem o vírus atenuado, a da gripe é feita com fragmentos, e esses fragmentos não são capazes de gerar a doença. O que acontecer é uma coincidência de tomar a vacina e ficar gripado por outro tipo de vírus — garante.