Ainda nesta quinta-feira (26), a Corsan fará a primeira coleta própria de água do município, após o surto de toxoplasmose, que veio à tona na semana passada. A informação foi confirmada pelo superintendente regional da estatal, José Epstein, ao GaúchaZH.
A definição dos locais que terão as amostradas coletadas ocorrerá nesta tarde e terá o apoio das secretarias estadual e municipal de Saúde, segundo Epstein. A tendência, segundo ele, é que as regiões oeste e sul do município sejam as localidades a serem percorridas:
— Serão coletadas amostras de água bruta, que é aquela que sai lá das barragens e que vai para a Estação de Tratamento de água. Também serão avaliadas amostras de água tratada, da água filtrada e outras duas análises da água que é distribuída.
Após feita a coleta, o material será encaminhado, ainda hoje, para Porto Alegre e, posteriormente, ao Laboratório de Saúde Pública e Zoonoses da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, que foi contratado pela Corsan para fazer essa análise e auxiliar na identificação do protozoário causador da doença.
A Corsan afirma que realiza análises periódicas e sistemáticas da qualidade e controle da água. A companhia reitera que são analisados mais de 200 itens – como previsto em legislação do Ministério da Saúde –, mas que não há nenhuma especificação referente ao item toxoplasmose. E por isso, então, a contratação desse laboratório da UEL.
Análises em frigoríficos
Em outra frente de trabalho, o Laboratório de Parasitologia da UFSM – que tem auxiliado nessa força-tarefa para saber a origem do surto de toxoplasmose – realizou análise da água de sete frigoríficos que são fiscalizados pelo município.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, a água analisada pelo laboratório da Federal basicamente consiste na utilização para lavagem das instalações desses frigoríficos e também das carcaças dos animais.
Conforme Menna Barreto, o Laboratório da Parasitologia realizou uma análise físico-química da água, o que poderia verificar a presença de bactérias e outras formas de contaminação. Essa análise foi específica para esse tipo de protozoário deu negativa.
— Estamos ajudando e também fazendo a nossa parte. E nesse processo todo é importante conjugarmos forças e esforços. E todas as amostras (dos frigoríficos) deram resultado negativo — diz o secretário.