O secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis, anunciou na manhã desta quarta-feira (10) que a vacinação contra a febre amarela será estendida a todas as cidades do Estado, incluindo o Litoral, região até então não abrangida. A medida preventiva é devido ao surto da doença em algumas cidades do sudeste do país, caso de São Paulo e Rio de Janeiro.
Podem tomar a vacina crianças a partir de nove meses e adultos com até 60 anos. Ela é contraindicada para pacientes em tratamento de câncer, pessoas com imunossupressão, com reação alérgica grave à proteína do ovo e gestantes. No caso dos idosos, a vacinação deverá ser aplicada após avaliação dos serviços de saúde.
Segundo Gabbardo, desde o surto da doença em 2009, o Estado já tinha mais de 470 municípios vacinados, cerca de 70% das cidades.
— Faltam agora os outros 30% que restaram no Litoral. Cidades como Torres, Capão da Canoa, Tramandaí — disse o secretário.
É recomendável que quem for viajar para regiões de risco da doença se vacine com, no mínimo, 10 dias de antecedência, tempo necessário para que o organismo comece a criar imunidade às picadas dos mosquitos transmissores da enfermidade.
O secretário também ressaltou que o Estado tem os estoques necessários para manter a vacinação dos municípios. Gabbardo confirmou que já recebeu "a garantia do Ministério da Saúde para a chegada de mais vacinas”.
— Aqui, a dose vai ser normal. Não teremos que fracioná-la como em outros Estados. A quantidade de vacinas que será feita não é tão elevada e teremos estoque para fazê-las — comenta.
A febre amarela, transmitida por meio de vetores, teve o último registro da doença em âmbito urbano no Brasil em 1942, e todos os episódios confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 1º de julho de 2017 e 8 de janeiro de 2018, o país teve 11 casos de febre amarela confirmados, sendo oito deles em São Paulo. O Rio Grande do Sul não registra a doença desde 2009.