Desde que o Hospital Casa de Saúde de Santa Maria suspendeu os serviços de maternidade, em 1º de novembro de 2017, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) tem sido a única instituição a realizar partos pelo SUS na cidade e para mais de 30 municípios do centro do Estado.
De janeiro a outubro do ano passado – quando os serviços de maternidade da Casa de Saúde ainda estavam em funcionamento –, o Husm realizava uma média de seis partos diários. Já entre novembro e dezembro, quando o centro obstétrico da Casa de Saúde fechou as portas, o número de partos feitos no Husm passou para nove por dia. Ou seja, um aumento de 50% na demanda de partos. Os números foram obtidos a pedido de GaúchaZH ao Husm.
O Hospital Universitário de Santa Maria atendia, até então, casos de gestantes de alto risco – como, por exemplo, mulheres com diabetes, DST, hipertensão. Mas desde que o centro obstétrico da Casa de Saúde fechou as portas, o Husm passou a receber também casos de baixo risco.
Outros desdobramentos
O reflexo disso é que também houve aumento no número das consultas no hospital universitário. Em novembro do ano passado, foram realizadas mais de 900 consultas. A efeito de comparação, no mesmo período em 2016, o número foi de 775. O centro obstétrico do Husm conta com 10 leitos – sendo que, no ano passado, ele ficou, por duas vezes, superlotado.
A equipe que trabalha no local conta com dois médicos, três médicos residentes, três enfermeiros e cinco técnicos em enfermagem. Os profissionais também têm feito plantão extra para atender a demanda, conforme Berenice Rodrigues, chefe da Unidade de Atenção à Saúde da Mulher do Husm.