Nesta sexta-feira (17), a greve dos médicos servidores da prefeitura de Caxias do Sul completará sete meses. A mobilização segue, mas está enfraquecida, restringindo-se a profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Conforme a secretaria municipal da Saúde, são 26 profissionais em greve nas UBSs. Nenhum deles, no entanto, está totalmente paralisado. São 23 que trabalham metade do período e outros que atendem em dias alternados.
Já conforme o representante da comissão, André Pormann, são 35 a 40 servidores de UBSs, mas afirma que nenhum está totalmente paralisado. De acordo com Pormann, ao todo, há cerca de 150 médicos nas UBSs do município.
Pormann explica que os médicos querem a inclusão no salário da parcela autônoma paga aos profissionais e gratificação para equiparar os salários com os pagos pela iniciativa privada até o estabelecimento do plano de carreira. Eles também propõem fazer um mutirão de atendimentos para que as faltas sejam compensadas.
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A prefeitura segue descontando o ponto dos grevistas. Desde o início do ano, 37 médicos pediram exoneração no município, segundo o levantamento mais recente da secretaria de Recursos Humanos e Logística, do dia 9 de novembro, e divulgado pela assessoria de imprensa do município.
O impasse entre a administração municipal e médicos começou no início do ano, quando o município exigiu que todos os profissionais passassem a cumprir a carga horária e não mais atendessem por cotas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no Centro Especializado de Saúde. A medida começou a valer a partir de 1º de março. Depois, o impasse passou a ser pelos salários.