A bronquiolite é uma das principais causas de internação de bebês, principalmente no inverno ou início da primavera. Em 70% dos casos, o responsável é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), mas a doença também pode ser causada por outros vírus – como rhinovírus, adenovírus, metapneumovírus (MVP), influenza, parainfluenza, enterovírus e bocavirus.
Os sintomas iniciais são semelhantes aos de um resfriado: febre, coriza, espirros ou tosse. Depois, aparece a dificuldade para respirar.
De acordo com a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, alguns cuidados podem ajudar a prevenir a bronquiolite em bebês. Segundo a entidade, na maior parte das vezes a doença não requer hospitalização, se tratada adequadamente pelo pediatra.
O grupo de maior risco são crianças com menos de seis meses, inclusive os recém-nascidos, principalmente os prematuros. O alerta permanece para os maiores porque a bronquiolite não produz imunidade, o que significa que o mesmo paciente pode ter a infecção mais de uma vez.
Os mesmos vírus que causam sintomas leves em adultos e crianças maiores podem causar bronquiolite em menores de um ano de idade. Esses vírus impregnam o ar e as mãos das pessoas, por isso alguns cuidados são fundamentais nos primeiros meses de vida:
1 – Incentivar o aleitamento materno;
2 – Restringir visitas, sobretudo de pessoas com sintomas respiratórios;
3 – As visitas devem ser breves e o contato físico deve ser mínimo com os bebês;
4 – Evitar ao máximo as saídas de casa, sobretudo a ambientes com aglomerados;
5 – Lavar as mãos repetidamente e, se possível, todas as pessoas que lidam com o bebê devem usar álcool gel;
6 – Manter a casa higienizada e ventilada;
7 – Exposição zero do bebê ao cigarro;
8 – Bebês com sintomas respiratórios não devem frequentar a creche, nem receber “xaropes para a tosse” sem orientação médica;
9 – Crianças maiores, ainda que irmãos, não devem ter contato direto com bebês, se apresentarem sintomas respiratórios;
10 – A avaliação com o pediatra é necessária sempre que aparecerem sintomas respiratórios, especialmente acessos persistentes de tosse ou qualquer sinal de dificuldade respiratória.