Foi realizada na manhã desta quinta-feira (3) a aplicação de inseticida contra o mosquito Aedes aegypti no bairro Santana, em Porto Alegre. Foi pulverizado um raio de 50 metros da residência da mãe da mulher com suspeita da doença, nas ruas São Luís, Veador Porto e Monsenhor Veras.
Moradora do Rio de Janeiro, ela apresentou sintomas compatíveis com o zika vírus e com a dengue, e procurou por conta própria a rede hospitalar de Porto Alegre no domingo (29). As amostras para a análise da dengue foram enviadas ao Laboratório Central do Estado, com previsão de resposta em uma semana. Ela passa por tratamento em casa. Já as amostra para a análise do zika vírus foi enviado Instituto Evandro Chagas, no Pará, que é um laboratório referência. Por essa razão, o resultado deve sair apenas em alguns meses.
Em entrevista ao Gaúcha Repórter nesta tarde, o Coordenador de Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Anderson Lima, afirmou que há um risco potencial do zika vírus e que nessa situação é recomendado o bloqueio vetorial. “Temos que investir todos os recursos para diminuir a infestação e isso passa pela eliminação dos criadouros”, comenta. Lima ainda alerta que o mosquito se prolifera em recipientes como vasos, potes, ralo e caixa d’água que acumulam água parada.
As duas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Os sintomas do zika vírus são considerados menos agressivos, marcados por febre baixa, conjuntivite e manchas vermelhas no corpo. A doença está relacionado aos casos de microcefalia registrados especialmente no Nordeste. No Rio Grande do Sul, ainda não há casos confirmados do zika vírus. Quem estiver com sintomas deve procurar serviço médico imediato.