O número de mortes por meningite bacteriana cresceu 69% na comparação com os dados de 2014. A Secretaria Estadual da Saúde confirmou, nesta segunda-feira (9), 22 mortes neste ano. O último óbito confirmado foi o de uma criança de um ano e oito meses no dia 2 de novembro, em Passo Fundo, no Norte do Estado. Em 2014, o Rio Grande do Sul registrou 13 mortes em razão da doença.
Em Porto Alegre, foram 40 casos de meningite bacteriana. Já Cachoerinha, na Região Metropolitana, registra 18 casos e quatro mortes. Em Viamão, são 19 casos e duas mortes. Ao todo já são 98 casos em 2015.
A meningite do tipo viral, menos agressiva, registra 297 casos com três mortes.
Entenda mais sobre a doença e a diferença entre os tipos:
Meningites
A meningite é caracterizada por um processo inflamatório das meninges, membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal. É causada, principalmente, a partir da infecção por vírus ou bactérias; no entanto, outros agentes etiológicos também podem causar meningite, como fungos e parasitos.
Meningite bacteriana
Entre as meningites bacterianas, a Doença Meningocócica (DM) continua sendo o principal objetivo da vigilância das meningites, em função da morbimortalidade e da transcendência da doença.
Doença Meningocócica
A doença meningocócica é causada por uma bactéria que possui diversos sorogrupos, classificados de acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula. Os mais frequentes são o A, B, C e o Y e W. A transmissão ocorre através do contato direto pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes.
Meningite viral
As meningites virais são aquelas causadas por vírus e, em 85% dos casos os enterovírus são responsáveis pela doença. É caracterizada por um quadro clínico com evolução autolimitada e benigna. Não há tratamento específico, geralmente requer apenas a terapia de suporte. As manifestações clínicas assemelham-se às viroses em geral.
Medidas de prevenção e controle
A principal medida de controle a ser desencadeada nas Doenças Meningocócicas (DM) para reduzir o contágio e, consequentemente, o número de casos, é a notificação e investigação oportuna da suspeita para a pronta administração da quimioprofilaxia aos contatos próximos do caso suspeito.
Em situações específicas de surto de DM pode ser considerada a vacinação, desde que o sorogrupo que está causando o surto seja conhecido e se tenha a vacina disponível. A decisão de vacinação em um surto é acordada entre as três esferas de governo.
Outras medidas importantes
- Higienização das mãos;
- Higienização do ambiente;
- Ventilação do ambiente;
- Cuidado com os alimentos