Parte da pavimentação da ciclovia da Avenida Wenceslau Escobar, na Tristeza, em Porto Alegre, já pode ser vista. O trecho implantado se estende da Rótula Engenheiro Sérgio Luiz Brum até a Rua Doutor Barcelos.
Quando estiver concluída, a pista situada entre as avenidas Pereira Passos e Otto Niemeyer terá 800 metros de extensão.
A obra é uma contrapartida por dois empreendimentos da construtora Melnick – Nilo Square e Carlos Gomes Square. A empresa investe R$ 925 mil na ciclovia.
A prefeitura não teve gastos na iniciativa e tem a função de fiscalizar e acompanhar a execução do projeto da ciclovia bidirecional.
Conforme a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, "a obra está 50% concluída e a previsão de liberação é para dezembro, ainda neste ano."
Nesta terça-feira (29), na parte da manhã, não havia operários em ação ou trabalhos sendo executados.
Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), a prefeitura solicitou um reforço estrutural e a empresa está refazendo o orçamento. O prazo para o retorno das atividades no local é até o final desta semana.
Em alguns pontos era possível ver material de construção utilizado para fazer as bordas da ciclovia. Porém, nenhum equipamento ou veículo utilizado em obras estava no local.
Cerca de 410 metros do pavimento da ciclovia estão implantados. Porém, ainda carecem de pintura e das sinalizações vertical e horizontal.
Por volta das 10h50min, o barbeiro Tiago Moura Rodrigues, 41 anos, passava de bicicleta perto do Paseo Zona Sul. O ciclista elogia a criação da ciclovia.
— Vai ajudar muito, só não sei como vão fazer para conectar para quem vem no sentido Centro-bairro — questiona, mencionando o isolamento do trecho em relação ao restante da rede de ciclovias.
Nas imediações do número 1.971, em frente a uma faixa de segurança e de um semáforo, o trecho da ciclovia não está completo. No local, os pedestres têm uma trilha para atravessar o canteiro de um lado para o outro. O trajeto cruza com o espaço das bicicletas.
O porteiro Marco Queiroz, 61, pedalava próximo aos veículos em direção ao Centro. O ciclista acredita que a ciclovia será uma alternativa importante quando estiver pronta.
— Eu acho muito perigoso andar no asfalto. Os motoristas não respeitam — atesta nos deslocamentos do dia a dia.
A partir da Rua Doutor Barcelos, os operários ainda precisam abrir espaço e implantar a pista no canteiro central da Wenceslau Escobar.
O que diz a prefeitura sobre a supressão vegetal do canteiro
A reportagem de Zero Hora questionou à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) sobre a retirada de árvores do canteiro central e como funcionará a compensação vegetal. Por nota, a pasta respondeu o seguinte:
"A Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade informa que a obra da ciclovia, localizada na avenida Wenceslau Escobar, entre as avenidas Pereira Passos e Otto Niemeyer, não inclui remoções vegetais, portanto não há a necessidade de compensações. Os arbustos removidos foram replantados nos mesmos locais do canteiro central."