Quatro meses após a enchente em Canoas, na Região Metropolitana, apenas 351 famílias foram cadastradas pela prefeitura para receberem moradias do governo federal. O registro é o primeiro passo para que as pessoas entrem na lista de possíveis beneficiários de programas sociais que envolvem a aquisição de residências, como o Compra Assistida.
Até o momento, foram realizadas 5.837 vistorias em casas atingidas pela cheia, e atestado que 2.099 delas estão inabitáveis.
De acordo com a secretária de Habitação de Canoas, Roberta Togni, a demora na inserção dos dados se deve ao acúmulo de funções dos servidores da pasta, que, além de realizar as vistorias nos imóveis, são responsáveis pelo cadastro das famílias no sistema federal. Ela destaca, contudo, que esse gargalo deve ser solucionado depois que 10 empresas foram contratadas para executar a elaboração dos laudos, o que permitirá que os servidores municipais ganhem agilidade no informe dos dados à União.
— O processo estava sendo realizado por nossos servidores, o que é complicado diante da demanda. Agora, esperamos agilizar com as empresas. As documentações estão sendo ajustadas. Na próxima semana, mais 1.533 famílias serão cadastradas — projeta a secretária.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, até o momento, 20 beneficiários foram chamados para a escolha de casas no município.
Ainda segundo a prefeitura, outra opção oferecida é o aluguel social. Duas mil famílias são beneficiadas por até 12 meses com pagamento do aluguel com valor de até R$ 1 mil, pago pelo governo do Estado e pelo município.
No momento, 1.533 famílias estão recebendo o benefício. De acordo com as regras do programa, são elegíveis núcleos familiares que possuam renda per capita mensal igual ou inferior a meio salário-mínimo.