A Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) foi credenciada nesta segunda-feira (5) pelo Consórcio Metropolitano Granpal para receber resíduos recolhidos após a enchente na Grande Porto Alegre. Com isso, as prefeituras da região podem destinar entulho para o aterro mantido pela companhia em Minas do Leão, mas cada município precisa firmar contrato com a empresa.
Um edital para seleção pelo consórcio da prestadora do serviço foi publicado na semana passada. Conforme a Granpal, além da CRVR, uma segunda empresa, esta de Santo Antônio da Patrulha, apresentou proposta e aguarda homologação.
A estimativa inicial é de que cerca de 480 mil toneladas de resíduos deixados nas ruas das cidades da Região Metropolitana após a enchente ainda precisem de destinação. Este material está em terrenos, usados como depósitos provisórios, nas cidades.
O valor definido no edital, a ser pago pelos municípios ao aterro, é de R$ 109 por tonelada recolhida. O contrato tem vigência de 12 meses, podendo ser prorrogado por até 60 meses.
As prefeituras da região buscavam aterros aptos para o recebimento dos materiais, após o envio a um depósito de Gravataí ser suspenso, em julho, a pedido do Ministério Público. Este local era contratado pelas prefeituras de Porto Alegre e Canoas.
O Executivo canoense confirma que vai firmar um contrato com a unidade em Minas do Leão e informa ainda que já havia credenciado uma empresa em Estância Velha para esta destinação. Portanto, deve manter o envio de entulho para os dois locais. Canoas ainda tem cerca de 300 mil toneladas de resíduos acumuladas, principalmente no Parque Eduardo Gomes.
Procurada, a prefeitura de Porto Alegre não confirmou se contratará a empresa credenciada pela Granpal.