Um grupo de voluntários se reuniu neste domingo (12) para resgatar cães e gatos que ficaram isolados na Ilha da Pintada, em Porto Alegre. Há socorristas de diferentes localidades do país, como São Paulo e Minas Gerais.
A expedição partiu de um ponto localizado atrás do Anfiteatro por do Sol por volta de 10h30min. O grupo se deslocou com apoio de três barcos e duas motoaquáticas. Os animais foram recebidos ao longo do dia na Orla, próximo da Usina do Gasômetro.
A chuva fria e abundante que caiu durante o dia não intimidou os voluntários, que adentraram as residências para procurar pelos pets sobreviventes. A água inundou as casas até a altura das janelas.
Os moradores que quiseram ser resgatados já foram retirados, tendo permanecido apenas aqueles que assim optaram. Os veterinários Flávio Cabral e Flávia Gonçalves viajaram de Minas Gerais para auxiliar nos resgates e atendimentos.
— Nós já temos experiência com situações assim e decidimos vir para ajudar. Encontramos alguns animais assustados e aos poucos vamos resgatá-los — diz Flávia.
O bombeiro militar Agni William dos Santos, 28 anos, trabalha nos resgates há cinco dias e pontua que após a retirada das pessoas, neste domingo, o foco foram os animais. Ele resgatou um gatinho que estava preso em uma casa e o carregou no colo até o barco.
Uma cachorra da raça akita também foi resgatada e conduzida de barco pela voluntária Stephanie Miliane, 31, que chegou sexta-feira de São Paulo para ser voluntária.
Quem conduziu as buscas foi Fábio Emerix, 42, morador da Ilha da Pintada que saiu de casa há seis dias. O pai e os irmãos dele estão na casa de familiares em outros bairros de Porto Alegre.
Ele acompanhou a equipe como guia, pois conhece a região que está completamente submersa.
— Quase morri. Estou ajudando porque sei o terror que é ficar preso. Não tenho barco, mas peço ajuda e vou junto. O que estiver respirando eu ajudo.