A prefeitura de Porto Alegre recebeu, nesta terça-feira (23), os quatro primeiros ônibus elétricos que começarão a circular na Capital este ano. Os modelos foram adquiridos pela empresa Sudeste, através da marca Caio/Eletra. Outros oito ônibus elétricos ainda serão entregues às empresas Nortran e VTC pela Marcopolo, em 15 de maio.
As operações terão início na segunda quinzena de junho. Com isso, Porto Alegre passa a ser a primeira cidade gaúcha a iniciar a operação de linhas de ônibus com modelos movidos por eletricidade.
Os veículos possuem capacidade de receber 70 passageiros, sendo 36 sentados e 34 em pé, além de motorista. A autonomia da bateria dos ônibus elétricos é de 250 quilômetros. Segundo o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, os veículos possuem autonomia para circular durante todo o dia com apenas uma carga de bateria.
— Ele terá autonomia de circular a partir das 5h30 até às 23h em duas linhas selecionadas. Esse modelo não terá o problema de fazer o que chamamos de “recarga de oportunidade” durante a operação, caso seja necessário — disse.
O custo total do investimento é de R$ 38 milhões. De acordo com o secretário, além da economia em combustível, no comparativo com a frota comum, também será possível economizar em gastos com manutenções.
— Estudos que nós fizemos no Brasil e fora nos permitiram verificar uma redução expressiva em manutenções e problemas com elétricos. Além da economia de combustível, que será apenas um sexto do gasto com diesel, entendemos que será uma redução de 50% no custo com a manutenção — afirma.
Linhas selecionadas
Os veículos vão circular nas linhas 178.1 Praia de Belas elétrica, que vai do Terminal Azenha ao Centro, na avenida Borges de Medeiros, e a Integradora, que ainda será criada pela prefeitura. A linha também será circular, com trajeto entre o Terminal Azenha até o Terminal Borges de Medeiros.
Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, o objetivo é priorizar rotas de até 230 quilômetros de percursos diários, com utilização total da bateria. Os ônibus possuem vida útil de 15 anos, enquanto as baterias oito. No entanto, o equipamento pode atingir a mesma durabilidade a depender da rodagem dos veículos elétricos.
As paradas de ônibus não terão necessidade de adaptação. Agora, segundo a prefeitura, os motoristas serão treinados e as estruturas de recargas nas garagens das empresas serão finalizadas até que a operação tenha início.