O Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre (COA-POA) inaugurou, neste sábado (23), três placas com a identificação dos pássaros mais comuns de serem avistados no Parque Farroupilha (Redenção).
O evento contou ainda com uma oficina de observação de aves. A atividade integra o projeto Passaripoa e ocorre uma vez por mês. Trata-se de uma parceria entre o clube e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus).
O coordenador de Educação Ambiental do COA, Augusto Pötter, observa aves há dez anos e coordenou a oficina para cerca de 35 pessoas neste sábado. Ele compartilha quais são os pássaros mais comuns de serem flagrados na Redenção.
— Eu diria que é o joão-de-barro, a pomba doméstica e a pomba avoante.
As placas já podem ser vistas pelo público em três pontos do parque: junto ao lago do pedalinho, próximo ao Recanto Oriental e do Refúgio do Lago.
— As placas são fixas e podem ser vistas por qualquer pessoa em qualquer horário do dia. Por si só são bem grandes, então vão despertar muito o interesse das pessoas, fazendo com que elas se aproximem mais das aves da Redenção — espera.
Com três metros de altura, as placas trazem informações como nome científico e popular dos pássaros, imagens, além de um QR Code que direciona a pessoa para a página do Wikiaves, onde é possível acessar mais conhecimento sobre as aves.
A coordenadora da Equipe de Educação Ambiental da Smamus, Juliana Herpich, destaca a importância das placas para a preservação das espécies presentes na Redenção.
— Muitas pessoas não conhecem a fauna que habita os parques. Ter as oficinas de observação faz com que conheçam as espécies e ajudem a preservar — afirma.
O integrante da diretoria do COA, Marcos Fischbor de Moura, foi um dos realizadores do projeto das placas, ao lado da advogada Vanessa Canabarro. Elas foram trazidas de São Paulo.
— Foram feitas de material ecológico e antipichação. E tudo para aguentar as intempéries do clima — conta Moura.
Participante da oficina, o estudante de biologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Eduardo Rigodanzo enaltece a realização da atividade.
— É um elo entre a comunidade acadêmica e a sociedade. Passar esse conhecimento é fundamental e acaba ligando pessoas das mais diversas áreas — observa.
As três placas foram doadas pelo COA para a prefeitura de Porto Alegre. O investimento total foi de R$ 15 mil e o dinheiro foi obtido junto aos próprios associados.