Uma hora de chuva foi suficiente para causar transtornos para os moradores de Alvorada nesta terça-feira (2). Uma grande área de instabilidade que atuou sobre a Região Metropolitana de Porto Alegre fez chover bastante em pouco tempo, provocando vários pontos de alagamento.
A circulação de veículos foi afetada pelos acúmulos d’água nas vias da cidade, e algumas residências foram alagadas. Um dos bairros mais afetados foi o Maria Regina. Moradores da parte mais baixa da Rua José Lins do Rêgo tiveram que se unir para limpar as casas, pois um arroio das proximidades transbordou e a água chuva invadiu as residências.
Carla Santos da Silva mora no endereço há três anos. Nesse período, ela diz ter perdido as contas de quantas vezes teve a residência atingida.
— Cada vez que chove alaga tudo. Isso aí já virou normal pra nós — relata a moradora.
— Isso não é de hoje. Desde que a gente comprou a casa estamos nessa função. A prefeitura veio aqui, botou um asfaltinho, um pontilhão, mas isso não resolve — comenta o vizinho Silvio Rafael, que vive há sete anos no endereço com a família.
Os moradores da região enviaram diversos vídeos para GZH que mostram os transtornos. Em um deles, é possível ver uma mulher grávida caminhando em meio ao alagamento. O nome dela é Juliana Moraes.
— Estou grávida de nove meses e já estou iniciando o trabalho de parto. Então eu tava em casa observando as contrações quando a água começou a subir, subir, subir. Acabei ficando ilhada — disse para GZH.
A gestante, que tem dois filhos pequenos, mora no bairro há dois anos. Ela confirma o relato dos outros vizinhos de que os alagamentos já fazem parte da rotina.
— Já fizeram abaixo assinado, já denunciaram, mas nada foi resolvido, né? — reclama Juliana.
— A prefeitura não faz nada. Vieram, fizeram uma ponte, um asfalto meia boca. A ponte tá caída, boca de lobo entupida. Os vizinhos ligaram, pediram pra desentupir e até agora nada —acrescenta Carla.
A assessoria de comunicação da prefeitura de Alvorada foi contatada por GZH, mas não retornou até o fechamento desta reportagem. O município informou que a Defesa Civil se deslocou para atender os pontos de alagamento existentes e que não houve queda de árvores durante a tempestade.