Técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) iniciaram, neste sábado (25), as obras de reparo emergencial da barragem que fica no assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, na Região Metropolitana. Na sexta-feira (24), agricultores constataram o rompimento no sangradouro da estrutura e avisaram a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) sobre o problema.
Segundo o Incra, a ruptura é de pequenas proporções e não representa risco a nenhuma família, porque a moradia mais próxima fica a cerca de 3,5 quilômetros do ponto em que ocorrem os trabalhos de conserto.
Havia também preocupação em relação a uma possível elevação do Rio Gravataí. Conforme a prefeitura de Gravataí, a situação segue normal, sem aumento do nível da água.
"A DEFESA CIVIL DE GRAVATAÍ informa que circulam falsas informações, na internet, sobre um possível rompimento de uma barragem em Viamão/RS, que poderia ocasionar no aumento no volume do Rio Gravataí", disse a prefeitura, em nota.
Os trabalhos de reparo da barragem devem seguir até a terça-feira (28) com a colocação de pedras para estancar a saída de água.
A estrutura operava de forma irregular. O Incra informou à reportagem que está em processo de renovação da licença e da outorga.
Confira a nota do Incra:
Hoje bem cedo pela manhã, já chegaram caminhões e materiais para o início das obras de reparo emergencial em parte da estrutura da barragem do assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, que extravasou ontem (24).
A medida foi tomada após técnicos do Instituto, representantes da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (SEMA/RS), da Associação dos Moradores do Assentamento Filhos e Sepé (AAFISE), da Defesa Civil e gestores ligados ao Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos verificarem as condições da área ainda ontem pela tarde.
Foi constatada uma ruptura de pequenas proporções na ombreira da represa (local entre o maciço e o terreno). O reparo emergencial prevê reforço na estrutura, com colação de pedras. A ASFISE também cedeu maquinário para a obra.
A água está escorrendo para dentro do Refúgio em direção ao rio Gravataí, que deve receber a vazão e não teve variação em seu nível até o momento. Também não foi observado risco às famílias, uma vez que a moradia mais próxima fica a cerca de 3,5 quilômetros do ponto, em terreno mais alto.
O Instituto continua monitorando a situação para tomar novas medidas, caso necessário.
