O final da manhã desta sexta-feira (8) foi de estabilização do nível do Guaíba, conforme a medição da régua automática localizada no Cais Mauá, na área central de Porto Alegre. Por volta das 11h, a estação apontava 2,4 metros, quatro centímetros a menos do que no começo do dia.
Ainda assim, muitas ruas permaneciam alagadas e a água seguia invadindo pátios de dezenas de casas do bairro Arquipélago.
Na Ilha dos Marinheiros, o abrigo na Escola Estadual Alvarenga Peixoto recebe 15 pessoas que foram retiradas das suas casas. A maior parte delas veio da Ilha das Flores, além de uma família de quatro pessoas do bairro Humaitá.
— Começou a chuva forte e essa noite eu não consegui mais dormir. Nos últimos anos, não tinha alagamentos por lá. Mas desde junho é assim toda vez que chove — afirma Tamires dos Santos, que saiu do bairro da zona norte da Capital com o marido e as duas filhas, uma de 2 anos e outra de nove meses de idade.
Em outro ponto, na Ilha do Pavão, 14 famílias, somando em torno de 60 pessoas, foram acolhidas em um abrigo organizado pela própria comunidade, conforme a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), que presta orientação ao local junto da Defesa Civil.
O principal pedido de doações nos abrigos é por kits de higiene pessoal. Os mantimentos podem ser entregues na Central de Doações da Defesa Civil, na Avenida Borges de Medeiros.
Zona Sul
Há, ainda, relatos de alagamentos no extremo-sul de Porto Alegre, como no bairro Lami. Contudo, não há registro de desabrigados nessa região. A Defesa Civil do município alerta para a possibilidade de inundações nas áreas ribeirinhas pelo menos até sábado (9).