A CCR Viasul, concessionária que administra a freeway, iniciou nesta terça-feira (15) outra etapa da série de obras entre os kms 74 e 88 da rodovia — eixo de mobilidade metropolitana entre Porto Alegre, Cachoeirinha e Gravataí. As atividades acontecem no viaduto sobre a RS-118 (km 74,7), na passagem elevada sobre a Rua Paul Zivi (km 76,8), na travessia sobre o Arroio Barnabé (km 81,1), na ponte sobre o Rio Gravataí (km 84,2), e na travessia sobre o canal DNOS-1 (km 88,2).
Durante a manhã, uma das faixas no sentido Litoral-Capital (km 84), em Cachoeirinha, foi interditada. A tendência é que, com o avanço das obras, outra faixa precise ser interrompida. O mesmo deve ocorrer no sentido oposto. O trecho fica próximo ao acesso à Avenida Assis Brasil, na Capital.
Durante à tarde, deve haver um novo bloqueio de uma faixa no km 76 da rodovia, em Gravataí. A interdição de duas pistas deve ocorrer também somente em outra etapa dos trabalhos.
Com isso, são três intervenções em andamento dentro do cronograma de obras. O primeiro, no km 81, também em Gravataí já causa o bloqueio de duas pistas nos dois sentidos.
Também devem ocorrer interrupções, nas próximas semanas, no km 74, no acesso à RS-118, e no km 88, já na chegada de Porto Alegre.
No auge das intervenções, em que todos os pontos terão bloqueios de duas pistas nos dois sentidos, a trafegabilidade irá diminuir para 50%. A velocidade máxima será reduzida de 100 km/h para 60 km/h. O tempo de deslocamento para quem utiliza a freeway deve aumentar em até 30 minutos. Esse cenário deve ser registrado apenas no final de setembro. A previsão de conclusão das obras é novembro, antes da Operação Verão.
Saídas para perímetro urbano podem ser alternativas
Diante da previsão de que pode haver impactos sobre o tempo de deslocamento, autoridades de trânsito das cidades com territórios envolvidos no projeto apontam alternativas. Em Porto Alegre, conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), diariamente ingressam cerca de 48 mil veículos pela Avenida Presidente Castello Branco. Aproximadamente 54 mil saem da Capital pelo mesmo caminho todos os dias. Já pelo acesso da Avenida Assis Brasil, próximo à entrada de Cachoeirinha, circulam cerca de 39 mil veículos por dia.
Para o gerente de Fiscalização de Trânsito da EPTC, Leandro de Moura Coelho, uma alternativa é a troca do trecho da freeway pelo caminho da Avenida Assis Brasil até a rótula da Fiergs, tomando a Avenida Bernardino Silveira Amorim em direção à Zona Norte e ao Centro (veja no mapa acima).
Além desta, há a saída para a Avenida dos Estados, à altura da BR-116, em direção ao eixo viário próximo ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, com acesso pela Rua Edu Chaves para os bairros da região central, tendo a Avenida Farrapos como principal alternativa, e em direção às zonas Leste e Sul pela Terceira Perimetral.
— Entendemos ainda que possa haver um reflexo na Avenida Castello Branco, na saída do centro da Capital. A situação será monitorada e avaliada para possíveis desvios. Em caso de congestionamento, serão tomadas medidas para amenizar e serão divulgadas nos canais de comunicação da EPTC — afirmou o gerente de fiscalização de trânsito da EPTC.
Secretário de Mobilidade de Gravataí, Guilherme Ósio aponta como possível alternativa viária a saída da freeway para o perímetro urbano do município pela Rua Nutrella, na altura do km 80, com acesso pela Avenida Senador Teotônio Vilela até a Avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira, nome do trecho urbano da RS-030, principal via da cidade.
O mesmo pode ser feito por Cachoeirinha, onde o secretário de Mobilidade, Emerson Santos, menciona a possibilidade da saída à altura do km 83 da freeway para a Avenida Papa João XXIII, com passagem pela Rua Tamoios até a Avenida General Flores da Cunha, nome do trecho urbano da RS-030, também principal via do município. Santos destaca que a Flores da Cunha opera com 60% de sua capacidade e pode receber mais carga de tráfego se for necessário.
O chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no RS, Douglas Paveck Bomfim, alerta que o motorista vai precisar ter paciência.
— A obra vai causar congestionamento. Contamos com que as pessoas se organizem para transitar na BR-290. Não podemos garantir a fluidez do trânsito, pois é uma obra muito grande. O que podemos garantir é a organização e a sinalização da via — emendou o chefe de comunicação da PRF.