Dos 50 lotes em leilão de terrenos localizados no Parque Industrial da Restinga (PIR), na zona sul de Porto Alegre, 30 foram arrematados por empresários entre as 9h e as 18h desta sexta-feira (30). Por conta do grande volume de imóveis e da participação de compradores disputando cada lote, apenas 38 imóveis foram oferecidos no horário originalmente planejado para fazer todo o leilão. Os 12 restantes voltarão ao pregão digital na segunda-feira (3).
Foram arrecadados, até aqui, R$ 8.780.809,00. O valor vai diretamente para o Fundo Municipal para Restauração, Reforma e Manutenção do Patrimônio Imobiliário do Município de Porto Alegre (Funpat). O preço médio de cada um dos 30 lotes arrematados foi R$ 292.693,63.
O secretário André Barbosa, da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap), organizadora do leilão, comemora os resultados. A quantidade de imóveis vendidos até aqui já é o dobro do que foi arrematado no segundo certame, ocorrido em abril. Na ocasião, foram comercializadas 15 áreas no complexo do Porto Seco, na Zona Norte.
— É o maior leilão em quantidade de lotes arrematados. Tivemos lotes disputados por quatro, cinco, até seis empresários. É um sucesso para a cidade, e muito representativo. Temos 30 indústrias já instaladas no parque industrial, agora teremos outros 30 lotes ocupados tanto por quem já está lá como por novos empreendedores — comenta Barbosa.
Neste pregão eletrônico, não houve restrição quanto ao ramo de atuação das empresas participantes. Tanto os empresários já instalados no PIR quanto novos empreendedores nas áreas da indústria, logística e também do comércio puderam participar do certame. O objetivo era diversificar a matriz de negócios do parque, hoje focada apenas na indústria, uma demanda que surgiu no bairro e foi abraçada pela prefeitura.
— Isso significa geração de emprego e renda em uma região onde já há muita gente morando. Este é o grande legado deste leilão para a Restinga — complementa o secretário André.
Foram ofertados terrenos e imóveis disponíveis com matrículas individualizadas e lotes com área média de 2,5 mil metros quadrados.
A presidente da Associação do Comércio e Indústria da Restinga (Acir), Aline Colombo, festeja o resultado do leilão desta sexta-feira.
— Foi excelente e estamos muito felizes. Será um ganho extraordinário para a região — avalia.
Segundo a mandatária, muitos empregos deverão ser gerados no parque industrial.
— Nossa bandeira é trazer pujança comercial para o nosso bairro — diz.
O perfil de empresas será bem diversificado agora, pois estão entrando empreendedores de áreas como engenharia, suporte e logística, reciclagem e ambiental. Três centros de distribuição para supermercados também entrarão, somando-se aos outros três já existentes no local.
O Parque Industrial da Restinga existe desde a década dos anos 1980 e abriga, atualmente, 32 empresas.