Ainda sem definição sobre o desfecho da greve dos rodoviários que fazem o transporte metropolitano, empresas responsáveis pelos ônibus esperam aumentar seu capital para poder retomar as negociações com os funcionários, que pedem aumento salarial. A paralisação da categoria ocorre desde quinta-feira (29). Uma reunião ocorrida entre a Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana (Sindimetropolitano) terminou sem acordo.
Há uma expectativa de que o governo estadual envie um aporte de R$ 42,8 milhões. A medida faz parte de um auxílio emergencial destinado ao pagamento do diesel para as empresas de transporte metropolitano. Em 2021 foram repassados R$ 88 milhões. Já em 2022, foram previstos R$ 80,6 milhões. Desse total, já foram pagos R$ 37,8 milhões. O restante foi aprovado no final de maio.
Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), há uma ação judicial que impede a transferência da verba. Por causa disso, o Executivo não pôde fazer o aporte dentro do prazo previsto, que foi encerrado na quinta-feira (29). A Procuradoria-Geral do Estado conseguiu, entretanto, ampliar para mais cinco dias úteis o período para realizar o repasse.
A ATM afirma que, caso seja feito o aporte, é possível fazer uma nova proposta de reajuste ao sindicato. O teor da proposta ainda não foi definido. A categoria propôs inicialmente um reajuste de 6% em até 90 dias de forma retroativa ao dia 1º de junho. Durante a reunião mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT), os empresários propuseram um repasse de 3% quando receberem o aporte, e outros 3% quando for feito um reajuste da tarifa. Os trabalhadores rejeitaram a oferta, alegando que não havia garantia de quando essas medidas seriam colocadas em prática.
A greve afeta o transporte das cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Glorinha, Gravataí, Nova Santa Rita e Viamão, onde há a operação das empresas Soul, Sogil, Transcal, Consórcio de Transportes Nova Santa Rita e Empresa de Transportes Coletivos Viamão.
Operação normal no fim de semana
Apesar da paralisação, a Metroplan assegura que a operação no sábado (1º) e no domingo (2) estará dentro da escala normal do final de semana. Já durante a semana, a operação seguirá com 50% da frota nos horários de pico – das 5h30 às 8h30 e das 16h30 às 19h. No restante do dia, a circulação dos ônibus é de 30% em relação à capacidade total.