Moradores de Alvorada enfrentam problemas com o abastecimento de água desde segunda-feira (20). Na tarde de quarta-feira (22), o número de localidades atingidas no município chegou a 41.
Segundo o gerente da Corsan em Alvorada, Claudiomiro Ferreira da Silva, o abastecimento da região deve ser normalizado ainda nesta quinta-feira (23).
— Olhando para o sistema como um todo, a tendência é que todos tenham água hoje (quinta-feira) ainda, em boa condição de pressão. A maioria já tem, nós temos agora em torno de 800 economias que ainda sofrem com o desabastecimento. Isso, perto do que a gente teve, é uma condição quase que normal — afirmou Claudiomiro ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha.
De acordo com a companhia, sete bairros da cidade ainda enfrentam problemas com abastecimento na tarde desta quinta-feira: Água Viva, Bela Vista, Germânia, Passo do Feijó, Portal Bela Vista, Santa Clara e Santa Helena.
— A chance de ficar algum lugar totalmente desabastecido hoje é mínima. Claro que, em se tratando de um sistema, em determinados casos pode se criar uma bolha de ar em determinado lugar, e isso a gente só vai realmente constatar se determinadas regiões, ou ruas, entrarem em contato dizendo que não tem água, e então teremos que agir pontualmente — também ressaltou Claudiomiro no programa.
GZH circulou durante a tarde desta quinta pelas ruas dos bairros Passo do Feijó e Bela Vista e foi possível perceber que a água retornava aos poucos às residências. Em algumas casas, os moradores informaram que o abastecimento já estava normalizado. Já em outros pontos, a água ainda estava com baixa pressão ou mesmo seguia com fornecimento interrompido.
É o caso do Residencial Juruá, onde o abastecimento foi totalmente interrompido na terça-feira (21). No entanto, muitos já observavam as torneiras vazias desde domingo (19). Revoltados, os moradores realizaram protestos pela manhã e pela tarde, batendo panelas, gritando palavras de ordem e bloqueando totalmente a Rua Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, no Bela Vista.
O motivo apontado para a falta de água, conforme a Corsan, é a redução na captação após a identificação de alterações na cor da água e aumento de matéria orgânica no Rio Gravataí.
— A causa do problema é a qualidade da água que estamos recebendo do Rio Gravataí. Tivemos que baixar a vazão na estação de tratamento para poder oferecer a água de acordo com as normas — reforçou o representante da Corsan.