Sob sol escaldante e temperatura beirando 30ºC, o artista plástico Ciro Russel e um grupo de jovens se empenhavam, na tarde desta quinta-feira (30), para dar vida a um trecho interno do muro da Mauá, de frente para os antigos armazéns do cais, onde ocorre o South Summit. Com tinta de spray na mão, Ciro mostrava aos demais como fazer contornos e preencher os desenhos que eles mesmos fizeram na parede, até então pintada de branco.
A ação é parte do projeto "Programa de Oportunidades e Direitos", que reúne adolescentes e jovens de 15 a 24 anos em situação de vulnerabilidade social. De forma voluntária, o artista plástico ensina a gurizada a pintar o muro.
— Vou muito a escolas estaduais e ajudo os jovens a pintar os muros. Meu sonho é viajar para a França para representar essas oficinas (de grafite). Eles têm muitas oficinas lá — conta o artista, que trabalha com arte há 28 anos e cujo trabalho pode ser conferido no Instagram ciro_russel21.
A pintura do muro com o grafite é um projeto de longo prazo. No ano passado, na primeira edição do South Summit, um trecho de 12 metros foi colorido. Neste ano, são mais 12 metros. A ideia é pintar um novo segmento do muro a cada nova edição do evento. A olho nu, sem uma trena, é possível estimar que será necessário no mínimo uma dezena de edições para preencher todo o espaço.
Tarde de movimento intenso
Após uma manhã de movimento mais tranquilo no Cais Mauá, a tarde desta quinta-feira é marcada pelo fluxo intenso de pessoas, que buscam acesso aos pavilhões para fugir do calor e acompanhar as atrações do South Summit.
O trânsito na Avenida Mauá era intenso por volta das 15h, quando a reportagem chegou ao local do evento. No entanto, não havia grande congestionamento que dificultasse o acesso ao cais.