Uma série de estabelecimentos comerciais foi alvo de vandalismo e teve as vidraças quebradas na madrugada desta quarta-feira (5) em Porto Alegre. As ocorrências foram registradas em diferentes vias da cidade.
Na Avenida Bento Gonçalves, foram ao menos três pontos vandalizados: uma loja de móveis, uma loja de materiais de construção e um espaço vazio, disponível para locação. No primeiro estabelecimento, várias vidraças foram atingidas e quebradas. Nas demais, apenas um dos vidros foi danificado.
Na Avenida Ipiranga, uma clínica localizada na esquina com a Rua São Luís também teve uma das vidraças atingida. O vidro não dá acesso ao interior da unidade, e sim ao gramado que fica em frente ao prédio.
Por volta das 8h, um funcionário fazia a limpeza dos cacos que ficaram no local. Fitas de isolamento foram colocadas, e um tapume será instalado. Segundo o coordenador da unidade, Rodrigo Hubner, o ataque ocorreu entre 3h e 4h.
— Um dos seguranças comentou que pode ter sido uma briga entre moradores de rua, e que uma pedra atingiu o vidro na confusão. Mas olhando as câmeras, vimos que a vidraça estoura no momento em que um carro passa. Não dá para ver se arremessaram algum objeto — conta.
Houve registro ainda de uma farmácia atacada na esquina das avenidas Aparício Borges e Oscar Pereira, no bairro Glória. Duas vidraças foram quebradas. Câmera de segurança do estabelecimento mostra um carro escuro passando no momento, pouco depois da meia-noite.
Comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, o tenente-coronel Samaroni Teixeira Zappe diz que tomou conhecimento dos fatos durante a madrugada. Em um dos locais, a BM identificou as características de um veículo nas câmeras de segurança, mas busca ainda identificar o modelo e os objetos que teriam sido usados nos ataques.
Disparos em revenda de veículos
Na Zona Sul, uma revenda de veículos localizada a poucos metros da farmácia atacada, na Avenida Oscar Pereira, também foi atingida. A vidraça, no entanto, não chegou a quebrar — ficaram visíveis duas marcas de disparos.
Segundo policiais civis que estiveram no local, as marcas são semelhantes a de armas de pressão. Eles fizeram buscas pelo projétil, mas não encontraram.
Dois carros que estavam na parte da frente do estabelecimento tiveram o para-brisas atingido, mas os danos foram pequenos. Wilson Diel, proprietário do estabelecimento, estima que deva gastar cerca de R$ 300.
— Tem o prejuízo, mas felizmente foi pouco. Notamos esse ataque quando chegamos para a abrir a revenda hoje (quarta-feira) pela manhã. Foi um ato de vandalismo.
Investigação
A delegada Adriana Regina da Costa está reunindo informações sobre os ataques. Conforme as informações colhidas até agora, não foi registrado furto em nenhuma das lojas. Ela pede que possíveis outras vítimas procurem a polícia.
A investigação analisa câmeras de segurança do cercamento eletrônico e de alguns estabelecimentos, mas não de todos. Até agora, a principal dificuldade é que as imagens não são de boa qualidade. O objetivo da investigação é identificar se há um mesmo veículo que apareça em mais de uma câmera.
Ainda não há informações confirmadas sobre os objetos ou arma utilizados nos ataques nem sobre a sequência dos atos:
— Como não havia pessoas nos estabelecimentos, temos dificuldade de estabelecer exatamente a sequência. Dependerá da análise que estamos fazendo. Sobre objeto e motivação, acreditamos que só após a identificação do autor.