O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais da Região Metropolitana (Sindimetropolitano) se reúne na manhã desta segunda-feira (8) com representantes do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio Grande do Sul (Setergs), governo estadual e do Judiciário para negociar o pagamento de salários atrasados da categoria.
Segundo o diretor de Política e Formação Sindical do Sindimetropolitano, Alex Pereira, apenas 60% do pagamento foi quitado na última sexta-feira (5). O sindicato ameaça dar início a uma paralisação já a partir da madrugada de terça-feira (9), afetando o transporte coletivo intermunicipal de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Glorinha, Gravataí, Nova Santa Rita e Viamão.
A entidade representa as empresas Sogil, Soul, Vicasa, Transcal-Sul, Empresa de Transporte Viamão, Consórcio Metropolitano de Transporte CMT e Consórcio de Transporte Nova Santa Rita Vilanova. Cerca de 3,5 milhões de pessoas utilizam o transporte público coletivo para se deslocar pela Região Metropolitana.
Em nota, o Setergs afirma que ficou acordado, nas mediações, que o restante dos vencimentos será pago em até 10 dias, a contar de sexta-feira (5). O sindicato patronal alega que houve uma redução de 73% dos passageiros nos últimos 25 anos, sendo 45% deles de 2019 para 2020. O Setergs ainda argumenta que o fluxo ainda está muito abaixo do patamar anterior à covid-19, e que os custos com mão de obra, combustível e outros insumos dispararam, contribuindo para a incapacidade de pagar os salários na íntegra.
Os dois sindicatos chegaram a um acordo para aumento de 7% nos salários a partir de 1º de junho de 2022. Uma segunda parcela do reajuste seria concedida a partir de 1º de janeiro de 2023, totalizando 13%.
Além disso, o sindicato das empresas de ônibus pediu uma revisão tarifária por parte da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) e diz que a análise do órgão conclui a necessidade de um reajuste tarifário de 19,3%.
O processo de revisão tarifária foi distribuído ao Conselho Estadual do Transporte Metropolitano (CETM). GZH entrou em contato com a Metroplan e aguarda atualização sobre a questão.