Ainda não há imagens dos responsáveis pelo ato de vandalismo contra as estátuas dos poetas Mario Quintana e Carlos Drummond de Andrade, localizadas na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre. O Centro Integrado de Comando (Ceic) da prefeitura permanece à procura do autor da ação. Na madrugada de quarta-feira (20), foi arremessada tinta amarela nas peças em bronze.
— Estamos trabalhando sob o ponto de vista da prevenção para que nós não tenhamos novamente esse fato lamentável, que foi uma agressão gratuita — afirma o comandante da Guarda Municipal, Marcelo do Nascimento Silva, salientando que o patrulhamento foi reforçado na região.
A câmera mais perto fica localizada na Rua dos Andradas, quase de frente para o monumento.
— Há câmeras próximas, mas elas estão em manutenção — explica o comandante.
Nesta quinta-feira (21), as estátuas estavam sem qualquer vestígio da tinta, após limpeza e manutenção realizadas por equipe do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), sob supervisão de Manuela Costa, arquiteta da Diretoria de Patrimônio e Memória, responsável pelos monumentos. O material utilizado para remover a tinta consistiu em água, sabão e estopa.
A diretora de Patrimônio e Memória da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMCEC), Ronice Giacomet Borges, demonstra apreensão com a frequente realidade de vandalismo e furtos contra monumentos.
— Estamos preocupados com essas ações de vandalismo, como furto de placas e retirada de bustos das praças. Precisamos ter ações junto aos receptadores do material furtado — acredita, reconhecendo que mais ações de prevenção precisam ser feitas.
Segundo a diretora, outras medidas são necessárias:
— Precisamos de um trabalho de educação patrimonial. Dar orientação para a população e para as gerações mais novas entenderem o significado dessas obras.
As estátuas, que são bastante procuradas por porto-alegrenses e visitantes de outras cidades para o registro de fotos, em especial durante a realização da Feira do Livro, foram criadas pelo escultor Xico Stockinger com o auxílio de Eloísa Tregnago. A inauguração ocorreu em 2001.