Dos atuais 70 quilômetros, a prefeitura tem planos de ampliar para mais de cem quilômetros a rede cicloviária de Porto Alegre até 2024. A Secretaria de Mobilidade Urbana pretende ouvir ciclistas e ativistas, estudantes, vereadores, comerciantes e representantes de outros segmentos, em um ciclo de aproximadamente 10 reuniões, a partir de 5 de julho, para tratar da expansão da malha de ciclovias e ciclofaixas.
Uma das críticas que a pasta já recebeu e deve tentar solucionar é a ligação de trechos desconexos — aqueles pedaços de ciclovia que são interrompidos, em vez de se somarem a uma malha ininterrupta. Outra intenção, que será revelada nos encontros, será focar em regiões onde se percebe uma forte vocação para o uso do meio de transporte, como o Centro Histórico e o 4º Distrito.
Hoje, a prefeitura trabalha na conclusão de faixas para ciclistas em vias como a Bento Gonçalves (um trecho de aproximadamente quatro quilômetros entre a João Antônio Lopes e a Antônio de Carvalho) e a Baltazar de Oliveira Garcia (entre a Gomes de Freitas e a Adda Mascarenhas de Moraes).
— Essas obras em andamento vêm de financiamento que envolve asfaltamento de vias, e algumas das vias que comportavam ciclofaixas a gente já está incorporando a pintura — disse a diretora de Mobilidade Urbana, Carla Meinecke.
As reuniões culminarão em um grande seminário sobre o tema em setembro. As contribuições servirão de base para a revisão da lei que “incentiva o uso da bicicleta como meio de transporte, dotando a cidade de instrumentos e infraestrutura eficazes para a implantação de uma rede cicloviária que propicie segurança e comodidade para o ciclista”.
— A gente vai registrar (o seminário) e usar como documentação técnica para embasar o início da revisão do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI) — afirmou Carla.
A primeira reunião será no dia 5, às 10h, na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal.