A expansão da rede cicloviária de Porto Alegre será tratada em cerca de 10 reuniões a partir de julho. A primeira será no dia 5, às 10h, na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal.
Realizados pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, os encontros devem incluir vereadores, entidades ligadas ao comércio, ensino e saúde, cicloativistas, conselhos municipais, entre outros setores, e vão culminar em um grande seminário sobre o tema em setembro. Diretora de Mobilidade Urbana, Carla Meinecke explica que as conclusões serão compiladas e servirão de base para o termo de referência para contratação da revisão do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI).
— A gente quer saber a percepção dos estudantes, por exemplo, quantos se deslocam de bicicleta ao colégio, o que falta de infraestrutura aos que não o fazem; dos comerciantes, como enxergam as ciclofaixas onde tem comércio, que sugestões teriam para chamar os clientes de bicicleta; dos cicloativistas, como imaginam a rede ideal, quais são as prioridades… Ouvindo vários setores, vamos encontrar pontos de convergência — destaca Carla.
Uma das prioridades da pasta será a ligação de trechos de ciclovias que hoje estão desconexos e focar em regiões onde se percebe uma forte vocação para o uso do meio de transporte, como o Centro Histórico e o 4º Distrito.
Atualmente, Porto Alegre tem 70 quilômetros de malha cicloviária, somando ciclovias, ciclofaixas e redes compartilhadas. O objetivo é que essa ampliação ultrapasse cem quilômetros até 2024.
— Temos observado que as pessoas estão usando mais esse modal, inclusive para deslocamentos para o trabalho. Nossa ideia é promover a conexão do maior número de redes e melhorar a infraestrutura — destaca o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior.
O PDCI foi aprovado em 2009. Os estudos que serviram de base apontaram 495 quilômetros de vias para receber ciclovias e ciclofaixas — ou seja, menos de 15% saíram do papel em 13 anos. A lei prevê que ocorram revisões periódicas. Segundo projeções da pasta, uma empresa deve ser contratada até o começo de 2023, por meio de licitação, para fazer essa revisão.