Foi dada a largada para os estudos da revitalização do lago do Parque Moinhos de Vento, o Parcão. A ordem de início foi assinada na terça-feira (12) pela prefeitura de Porto Alegre. Na obra, que será feita pela empresa Bourscheid Engenharia e Meio Ambiente, contratada pela Melnick, poderá ser efetuada a retirada dos patos e marrecos, além da realocação dos cágados e peixes existentes no lago.
O levantamento deve ficar pronto em 70 dias. As obras serão fiscalizadas por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), e ocorrem conjuntamente com outras melhorias no parque.
Já foram iniciados os serviços de ampliação da pista para prática de atividade física no Parcão. As obras irão complementar o trecho de 490 metros por dentro do parque. Essa intervenção é uma obrigação legal do Zaffari, como contrapartida à obra no Moinhos Shopping. A instalação de quadras de beach tennis no Parcão ainda está sendo estudada.
O diretor Cylon Rosa Neto, da Bourscheid Engenharia e Meio Ambiente, diz o projeto está só iniciando e muitas definições ainda estão sendo tratadas. Também não confirmou a instalação de um chafariz nem como se daria a saída das aves para um santuário.
— Haverá várias melhorias no lago do Parcão, e tudo está sendo resolvido pela Smamus e por ONGs ligadas ao meio ambiente — diz.
O diretor de Áreas Verdes da pasta, Alex Souza, afirmou, no site da prefeitura, que a intervenção na área do lago deverá contemplar espaços de circulação, passeios, áreas verdes com vegetação a ser mantida e nova, a ser implantada, além de elementos de proteção, segurança e mobiliário urbano:
— No projeto de paisagismo, deverão constar muretas ou cercas de contenção no entorno do lago para preservação das margens, bem como para limitação de área de contenção dos cágados — detalhou, no caso de os animais serem mantidos ali.
A empresa escolhida para a revitalização vai promover trabalhos de desassoreamento, projetos civil e de sistemas de drenagem, de paisagismo, além de gerenciamento e educação ambiental e manejo de fauna e flora.
— As contrapartidas da iniciativa privada são um instrumento legal que possibilita ao município qualificar áreas públicas, com investimentos que o município não disporia. Cabe ressaltar que esses investimentos não fazem parte do escopo de adoção do parque — observa o secretário da Smamus, Germano Bremm, no site da prefeitura.
A obra será financiada pela construtora Melnick como contrapartida de um empreendimento, o Nilo Square Garden, situado na Avenida Nilo Peçanha. A estimativa é de que sejam investidos R$ 2,8 milhões, sendo R$ 156 mil para projeto e gerenciamento e o restante para a execução.